Mais um ano se inicia! Que seja um ano de muitas alegrias e força para lutarmos pela qualidade de atendimento a infância no mundo.
Trago para vocês o registro da reunião ampliada do Grupo de Trabalho da Rede Nossa São Paulo, em que discutimos as políticas Públicas para a Educação Infantil na cidade de São Paulo. O encontro aconteceu dia 06 de dezembro de 2014, na Câmara Municipal de São Paulo.
No registro, vocês poderão ler mais sobre as políticas públicas da Secretaria Municipal de Educação da cidade de São Paulo para a área e os desafios a serem enfrentados.
Abraço forte!
O que e o GT de Educação Rede Nossa SP?
Objetivo – incidir nas políticas de
educação na cidade
Reuniões uma vez por mês. Reuniões
ampliadas a cada 6 meses. Reuniões ampliadas possibilitam maiores diálogos que
possibilitam maiores atuações,
14 organizações a compõem, entre
elas, Ação Educativa, Instituto Paulo Freire, Instituto Paulo Montenegro –
IBOPE, Movimento Negro Unificado, Fórum Municipal de Educação Infantil de São
Paulo, Instituto Avisa lá, CENPEC, Fundação Abrinq, Aliança pela Infância,
Cooperapic, Associação Comunitária Monte Azul, Instituto Aprendiz.
Para saber mais: http://www.nossasaopaulo.org.br/grupos-de-trabalho/educacao
Sonia Larrubia Valverde – Coordenadora da Divisão de Orientação Técnica de Educação Técnica de
Educação Infantil da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo – DOT EI
Inicia apresentando dados do
município de São Paulo:
13 diretorias regionais
360 Centros de Educação Infantil Diretos
– CEIs (sob responsabilidade e gerenciamento
do município. Atendimento de crianças de 0 a 3 anos e 11 meses de idade)
1 Centro Municipal de Educação
Infantil – CEMEI (atendimento de crianças de 0 a 5 anos e 11 meses de idade)
535 Escolas Municipais de Educação
Infantil - EMEIS (Atendimento de crianças de 4 e 5 anos e 11 meses de idade)
6 Escolas Municipais de Educação
Básica - EMEBS – Escolas bilíngues (Libras e língua portuguesa)
357 Ceis Indiretos (Equipamento
municipal, gerenciamento pela entidade que possui conveniamento com a
prefeitura)
961 Ceis Conveniados (Equipamento e
gerenciamento sob responsabilidade da entidade conveniada)
3 Centro de Educação Indígenas - CECI
–
Total: 2223
unidades de Educação Infantil no município. Maior rede pública do Brasil e da
América Latina
Quase 500 mil crianças atendidas
39 mil profissionais
DOT Educação Infantil trabalho com
profissionais e traça as diretrizes politicas de educação infantil no município
Diretrizes das Politicas publicas:
-
Legislações
federais: LDB, Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil -
DCNEIs, Parâmetros curriculares, Indicadores de educação infantil;
-
Orientações
gerais do município;
-
Orientações
especificas de Educação Infantil no município;
-
Orientação
normativa de Educação Infantil que trata da avaliação na educação infantil. Legislação
federal - LDB – traz a obrigatoriedade
dos registros de avaliação das crianças, o que gerou necessidade de orientações
normativas nos municípios.
Avaliação
educativa não se dá no vazio, está ligada a uma proposta de educação: concepção
de criança, currículo e educação infantil, projeto politico pedagógico,
articulação entre Educação infantil e fundamental.
Orientações normativas da SME/SP: Orientam
registros de Educação Infantil - EI – relatórios descritivos individuais
Alguns pressupostos das Orientações Normativas:
1. Educação infantil é espaço
privilegiado para que as crianças possam viver plenamente suas infâncias;
É preciso se atentar para a organização
de tempos e espaços dessas UES. Espaço é educador, pode ser cerceador/
limitador ou promover autonomia e acessibilidade;
2. Criança vista em sua
integralidade – desde bebê é um ser capaz e potente que se comunica com adultos
e demais crianças – Potência;
3. Currículo- Segundo as DCNEIS, o
currículo é espaço e tempos vividos na relação das crianças e adultos.
Possibilidades de ouvir as crianças nas situações cotidianas da EI.
Intencionalidade o tempo todo. Currículo se dá desde a entrada até a saída da
criança.
Projeto pedagógico registra as ações
do currículo e é de autonomia das escolas , se atentando aos princípios da
rede. Construído pelos grupos gestores, pelos professores, famílias e crianças.
4. Avaliação
Avaliação da e na educação infantil
Avaliação das crianças: Registros possíveis do
desenvolvimento das crianças: relatórios, documentação pedagógica: falas das
crianças, filmes, fotografias, portfolios individuais e coletivos.
Avaliação institucional: Indicadores de Qualidade. Processo
de construção na rede. A ideia é que a rede municipal possa construir os
próprios indicadores.
Ações desenvolvidas pela Divisão de Orientação Técnica de EI em São
Paulo:
1- Fortalecimento das equipes de EI
das diretorias regionais, Encontros quinzenais. 20 encontros em 2014. Diálogos
para a construção de um currículo para a infância paulistana. Currículo
integrador: criança vista em sua integralidade, rompe com a fragmentação dos
equipamentos: Cei, Emei, Emef;
2 – Instalação de Parques Sonoros
nas instituições da Rede Direta em regiões de maior vulnerabilidade social (23
CEUS e 6 Unidades educativas) - – relação com o Programa São Paulo Carinhosa.
Para essa instalação, arte educadores vão as unidades, durante os horários
coletivos de trabalho dos professores para formação nas linguagens expressivas:
linguagens plásticas, corporais e musicais;
3 – Parceria com ensino fundamental.
Integração Educação Infantil e Ensino Fundamental em torno de uma política
publica e de um currículo integrador . Construção
do documento: “Currículo integrador: por uma idéia de infância paulistana na
educação básica”;
4 – Seminários de Qualidade e
avaliação na EI
· 1o. Passo: convite para a
rede direta e conveniada para participação da aplicação dos indicadores
nacionais na rede. Adesão 41 unidades, 20 % da rede municipal, idéia de
instaurar um cultura de auto-avaliação;
· 2o. Passo: momento de
formação sobre a metodologia dos indicadores;
· 3o. Passo Aplicação dos
indicadores nas unidades inscritas;
· 4o. Passo: Avaliação da
aplicação pelas entidades inscritas para refletir sobre os indicadores dentro
da realidade do município;
· 5o. Passo: criação de um comissão ampliada com
representantes das Diretorias regionais, coordenadores pedagógicos e
professores da rede municipal. Em funcionamento.
O que se observou: Indicadores
nacionais contem 7 dimensões Nos municipais se acrescentou mais dois
indicadores: 1 – questões de gênero / racial 2 – Autoria, escuta e participação
das crianças (que precisa ser cuidadosa, pois nem sempre a escuta se reverte em
favor das crianças)
5 – Produção de documentos
· “Indicadores de qualidade do
município” Expectativa é que esteja pronto entre fevereiro e março de 2015 e
apresentado a rede em abril.
· Currículo integrador Educação Infantil
e Ensino Fundamental – fevereiro de 2015.
· Padrões básicos de qualidade na
Infra estrutura Educação Infantil
· Uso da tecnologia e linguagem
mediática na Educação Infantil: computadores, celulares, câmera digital, TV.
Em 2015 se
promoverá a discussão na rede desses documentos e aplicação e monitoramento dos
indicadores, além da comemoração dos 80 anos da Educação Infantil na rede
municipal de São Paulo – Anhembi
Antonio Rodrigues Diretor da Assessoria Técnica de Planejamento – ATP da
Secretaria Municipal de Educação de São Paulo
Busca de integração da ATP e DOT
educação Infantil. Elaboração de portarias coletivas.
Organização da ATP - Departamentos:
§ PO – Plano de Obras: responsável pelas construções de equipamentos. Buscar, localizar
terrenos, vistoriar e construir: observar ritmo da obra, adequação dos prédios
para o público alvo, custos e processos. Execução financeira e física. . Desafio:
Encontrar terrenos;
§ Demanda: Responsável
pelo TEG (Transporte escolar gratuito), PTRF (Programa de Transferência Recursos
Financeiros) e demanda.
Registro
de demanda. Fizeram trabalho de georreferenciamento. Anteriormente havia apenas
um setor por distrito municipal para registro de demanda. Porém um distrito é
composto por mais de um setor. Hoje busca-se que haja um registro por setor. No
total dão 96 setores na Secretaria.
Há pouca
abertura de vagas para crianças bem pequenas nos últimos anos em alguns
setores. Ainda há a necessidade de
abertura de pontos de registro de demanda em algumas regiões. A produção de
dados é feita pela PRODAM.
Demanda
estabiliza em determinados momentos do ano e no final do ano aumenta a procura
por vagas. Em 2015 a perspectiva é absorver 120 mil crianças da fila.
Necessidade de produzir mais estudos para saber onde atuar.
No início
do governo se recebeu equipamentos inacabados com matriculas já efetivadas.
Alguns
desafios: TEG não atende crianças de 0 a 3 anos e e a verba do PTRF é a mesma
para crianças de qualquer idade e permanência, sem considerar os parâmetros de
tempo (integral ou parcial) de atendimento.
§ Convênios:
convênios na educação infantil e os termos de cooperação com universidades
§ Assistência técnica – produção de documentos oficiais: portarias, decretos, minutas.
É preciso
haver maior articulação entre os departamentos. Houve avanço nesse ano. Exemplo;
Elaboração de portarias conjuntamente para deixa-las mais acessíveis e
inteligíveis.
Plano
de expansão de vagas na Educação Infantil:
Serão construídas 242 Centros de Educação
Infantil na cidade
2013 – foram entregues 22 unidades
2014 – 7 foram entregues, 15 estão em obras, 51
estão licitadas
Demanda: Não
há uma fila de demanda, mas várias filas que somam o contingente de 150 mil
crianças. Há filas por setores, fila por idades.
Se
encerrará o governo equalizando as vagas para as crianças de 4 e 5 anos. Não será possível atender a toda a
demanda de 0 a 3 anos. Mas não serão atendidas crianças de 4 a 5 anos em
detrimento as de 0 a 3 anos.
É preciso
flexibilizar o horário de atendimento,
consultar as famílias sobre seus interesses. Alguns lugares isto está sendo respondido,
mas é preciso formar as pessoas da ponta para que seja um processo
transparente.
Há a
necessidade de fiscalizar o TEG – Transporte escolar gratuito, mas não ha
orientação da secretaria para acabar com o programa, pelo contrario, tem sido
ampliado.
Termina sua
fala com uma citação, sobre atendimento direto na Educação infantil, de César Calegari, até então Secretario de Educação do
Município de São Paulo: “No melhor dos
mundos, tudo é direto. Mas não vou me iludir, nem iludir a todos de que há a
possibilidade de isso acontecer em um horizonte próximo” .
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