Olá Pessoal!
Hoje postarei algumas de minhas reflexões a respeito da relação família e escola.
Tratar desse assunto na educação infantil é imprescindível, já que nesse nível educativo o cuidado e a educação das crianças pequenas precisa ser compartilhado com muito intensidade entre essas duas instituições.
Hoje postarei algumas de minhas reflexões a respeito da relação família e escola.
Tratar desse assunto na educação infantil é imprescindível, já que nesse nível educativo o cuidado e a educação das crianças pequenas precisa ser compartilhado com muito intensidade entre essas duas instituições.
Falar dessa relação é falar de expectativas. Expectativas dos profssionais em relação as famílias e das famílias em relação aos profissionais. E, sendo nós os profissionais dessa relação, isso nos traz uma outra implicação, uma postura diferenciada, uma postura educativa, que exige que nós enxerguemos a instituição também na perspectiva das famílias. Exige que tentemos enxergar como as famílias nos veem, e nos abrir de fato para esse olhar.
Se colocar no lugar do outro, olhar as coisas por outro ângulo, escutar profundamente o que outro tem a dizer são os primeiros passos para o diálogo e para a negociação em um processo democrático, que parte da perspectiva dos Direitos, principalmente o das crianças de construir sua identidade sem rupturas bruscas.
Toda relação envolve expectativas, descobertas, conflitos. Essa relação não é diferente. Mas quando nos abrimos para compartilhar essas expectativas, essa relação adquire outra qualidade, porque ela se torna cada vez mais transparente.
Respeitar o olhar das famílias, suas necessidades, opiniões, aspirações, expectativas, requer que as entendemos como sujeitos que conhecem seus filhos e almejam certas aquisições para ele. Nesse sentido, a família precisa ser reconhecida como parceira privilegiada na aprendizagem das crianças.
Isso nos faz pensar: como temos considerado as famílias? Como temos pensado essa relação?
Jesus Palacios e Gema Paniagua, no livro: Educação Infantil: resposta a Diversidade, apontam três tipos de modelos de relação com as familias. O primeiro é o de especialista, quando se tem a ideía de que o profisisonal detém todo o conhecimento e toma todas as decisões, não informando aos pais o que faz e lhes fazendo pergunta apenas em função de seus interesses; o outro modelo é o de transplante, em que o saber profissional é compartilhado com as famílias, mas na forma de guias e manuais, em uma tentativa de transplantar os materiais, procedimentos e atitudes escolares para a casa das crianças; finalmente os autores apresentam o modelo de usuário, em que se parte da convicção profunda de que todos possuem conhecimentos imprescindíveis a respeito das crianças.
Mas, como criar canais de participação e diálogo?
Toda relação precisa de investimento e para que se possa aprofundá-la necessita de um processo. Essa não é diferente. Poucos e encontros pontuais não permitem esse aprofundamento. Voltando a citar novamente Palacios e Paniagua, estes afirmam que o grau de participação e envolvimento que esperamos das famílias são diferentes dadas as suas características e circunstancias particulares (horários, trabalho, motivações). Assim, não dá para pretendermos que todas tenham participação igual. Quanto mais amplo o leque de alternativas de participação que a escola oferecer, mas possibilidades se abrirão para as famílias. Horários para atendimento individual; participação em projetos da escola (contando histórias, falando de sua profissão, ensinando uma receita gostosa); festas coletivas; compartilhamento e reflexão conjunta do trabalho da escola através de uma documentação pedagógica consistente; participação nos processos decisórios atraves de Conselhos de Escola e APMs que realmente sejam fruto de um processo democrático e não manipulatório; e principalmente, um acolhimento diário e respeitoso que considere o outro como sujeito e parceiro no processo de educação das crianças são algumas possibilidades que não podem ser consideradas isoladamente.
Um grande abraço!
OI PRO, ESTOU COM VC NO CURSO DE FORMAÇÃO PESSOAL E COMENTEI SOBRE AS DIFICULDADES QUE TEMOS NA CEI ONDE TRABALHO... É MUITO DIFICIL ESTA APROXIMAÇÃO COM A FAMILIA PRINCIPALMENTE QUANDO A DIREÇÃO NÃO PERMITE OU DIFICULTA... OS PAIS TORNAM-SE RISPIDOS, INTOLERANTES E QUALQUER MAL ENTENDIDO É MOTIVO PARA GRANDES DISCUÇÕES..... FICAREI GRATA SE POSTAR MAIS NOTAS SOBRE ESTE ASSUNTO... BRAÇO VANESSA COSTA
ResponderExcluirMuito pertinente a abordagem desse tema na atualidade.
ResponderExcluirParece-me modismo dizer que a relação família-escola é fundamental porém, a de se discutir que tipo de participação familiar é cobrada e esperada? Quando os pais ou familiares são chamados acontecem realmente diálogos ou a relação famíliaq escola está estabelecida por imposição de amkbas as partes?